Foco no problema (e não na solução)!
Entender bem o problema é o segredo para uma boa solução.
Uma orientação recorrente em ambientes corporativos é que os profissionais devem ter “foco na solução e não no problema”, quando se deparam com desafios e precisam agir, tanto de maneira isolada, quanto em grupo. Embora esta forma de agir fortaleça a postura ativa e crie movimento no ambiente de trabalho, é preciso entender que criar uma solução incrível para um problema que não existe é perda de tempo, dinheiro e energia!
A partir disso, e entendendo o processo de resolução de problemas como 3 grandes etapas interdependentes de imersão no problema, geração de idéias e criação/validação de solução, é preciso entender que uma boa investigação do desafio, considerando o contexto, partes envolvidas e relações existentes, terá como resultado um visão mais clara do que, de fato, precisa ser feito. Além de entender a “dor” que precisa ser combatida com a solução, uma boa imersão no problema tem o poder de aumentar a eficiência do processo, já que ela identifica restrições, premissas e riscos de projeto.
Parece óbvio, não? Mas, se parece óbvio, por que pouca atenção é dada para esta fase tão importante que é a imersão e entendimento do problema? Pelo menos três possíveis explicações podem ser dada para esta pergunta:
1 – Não é tão empolgante quanto ter idéias
A etapa de imersão no problema tem caráter investigativo e muitas vezes requer um grande esforço de obtenção, tratamento e entendimento de informações desconectadas, insuficientes e de difícil acesso. Este cenário contrasta com o ambiente energizado que é um grupo de pessoas em uma sessão de brainstorming ou então o desenvolvimento de um conceito visual de produto. Neste caso, é preciso colocar esforço deliberado e criar uma estratégia de investigação adequada para facilitar ao máximo a execução desta etapa.
2 – Crença que entende o problema
A realidade não é algo objetivo, já que cada pessoa possui uma experiência diferente sobre o mesmo fato e constrói uma percepção única. Assim, acreditar que apenas o nosso entendimento do problema é o suficiente para a criação de uma solução que envolva outras pessoas, é desconsiderar dores, expectativas e condições fundamentais para o sucesso da empreitada. Aqui é preciso entender o problema por diferentes ângulos, considerando a visão das partes interessadas e o contexto existente.
3 – Falta de um método
Toda tarefa que possui uma estrutura, na qual existe uma sequência lógica de ações e ferramentas que possibilitem a sua execução, tende a ser mais efetiva e fácil de realizar. A dificuldade em entender o problema pode estar relacionada com a forma desorganizada como isso é feito, o que além de gerar resultados questionáveis, desperdiça a energia das pessoas envolvidas. Para evitar isso, defina um método de investigação que seja coerente com o tamanho do problema e com os recursos disponíveis.
Assim, o foco no problema no início do processo criativo é fundamental para uma etapa de criação da solução que seja mais eficiente e eficaz, diminuindo com isso os riscos e utilizando melhor o tempo, dinheiro e energia das pessoas.
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